Micareta de Feira 2024

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Tonho Dionorina prestará homenagem aos “Jorges” na Micareta

Jorge de Angélica e Jorge Magalhães foram grandes parceiros do reggaeman

Dois grandes talentos que tiveram em comum não só o nome, mas a afinidade com a música. Jorge de Angélica e Jorge Magalhães (Mahal) serão os homenageados do cantor e compositor Tonho Dionorina nesta Micareta.

Quem nunca ouviu, dançou e até cantou no Circuito Maneca Ferreira a canção “Cobra Coral”? E “Porrada de Polícia” que rendeu importantes prêmios nacionais? É quase impossível. Estas canções interpretadas por Dionorina são deles, os Jorges, falecidos no ano passado.

“Com Jorge de Angélica compus ‘Jorge Radical’ e ‘Lindo Sonho’. Em todo show que faço no Brasil e Europa levo ‘Bahia Negra’ e ‘Cobra Coral’, de sua autoria, para as minhas apresentações, assim como ‘Porrada de Polícia’, escrita por mim e Jorge Magalhães”.

Dionoria lembra que a parceria com ambos começou em 1982. Em 1985 Jorge de Angélica o levou para o Afoxé Pomba de Malé, quando também foi feita a apresentação em trio elétrico da primeira banda de reggae de Feira de Santana, a Bandagana, criada por ambos.

“Pretendo levar para a Micareta a Trilogia do Reggae com Jôh Ras, a filha de Jorge de Angélica. Eu, Gilsam e ela para que a Trilogia nunca se acabe”, comenta Dionorina lembrando que foi Jorge de Angélica que o levou para a Trilogia do Reggae, evento que começou nos terreiros.

Já com o jornalista, escritor e compositor Jorge Mahal, como era conhecido, o reggaeman escreveu em parceria mais 50 músicas, conquistando o prêmio Troféu Caymmi de melhor música com “Porrada de Polícia”, em 1993, e o de melhor show com a canção “Música de Rua”.

“Também escrevemos juntos ‘Por Que Sou Rastafári’, ‘Altíssima Canção’ ‘Não deu no New York Times’, ‘1695 (Medo Nunca)’, entre tantas outras. Agora estou gravando ‘Lockdown’ e ‘Tudo Passará’, as nossas mais recentes composições e que levarei para a Micareta”, anuncia Dionorina.

O músico e compositor relembra a sua relação com os homenageados. “Eu e Jorge Mahal tínhamos uma relação perfeita como parceiros. Nunca mudei uma vírgula de lugar em todos os textos que ele me mandava. Jorge de Angélica era muito meu amigo também. Embora tivesse pouco saber com a leitura, tinha uma grande visão de mundo e humanidade”.

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